

ERA
UMA
VEZ...

...uma garotinha que tinha uma mania desde a infância: desenhar pintinhos. Não, gente, não era uma tara, não era falta, não era excesso, não era bandeira, não era esquerda, não era direita, não era preto, não era branco, não era rosa, não era azul, não era menino nem menina. Era só um pintinho mesmo. Porque ela achava ENGRAÇADO. Só isso. JURO.
Num mundo onde tudo era tão definitivo acho que dava um alívio não colocar filtro, poder desconcertar tudo, deixar tudo pelado. E o pinto, assim, seco, sem lógica, sem corpo, sem intenção, sem roteiro, sem gravidade, solto no espaço, fazia isso. Assim ele nem sempre precisava ser uma ameaça ou uma frustração, um herói ou uma arma de destruição em massa. De vez em quando, pasmem: um pinto podia ser só um pinto mesmo.
A COMFORT PINTOS vem te desafiar à deixar as definições de lado para viver a vida mais livre, leve e SIM: mais MOLE. À ser um saco sem cueca, uma teta fora do sutiã, um mamilo afrontoso lançado ao vento. A vestir-se apenas com a honestidade bruta e escancarada desta velha senhora tão fora de moda: a liberdade.
Com a nossa garotinha os pintos se espalhavam nas carteiras da escola, nos cadernos dos coleguinhas, nos móveis da sala, nas paredes do quarto. A garotinha cresceu e os pintos desocupavam-se de predicados e adjetivos, pintando o mundo numa vontade simples de ser só pinto mesmo, porque ela achava LIVRE. Só isso. JURO.
A liberdade é um ato de resistência e emancipar alguns pintos pra correrem soltos e pelados por aí parecia cada vez mais um jeito divertido de vestir-se de si mesmo.
Então pega a sua canetinha e vem com a gente ser esta garotinha mandando um grande pequeno pintinho para toda e qualquer definição, dos corpos, das cores, dos pelos, das vozes, e por quê não: dos órgãos!
PORQUE ÀS VEZES UM PINTO É SÓ UM PINTO MESMO. E PINTO FINAL.